panorâmicas

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a evolução do homem

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

dois poemas

quem é você

quem é você que me desperta do sonho,
me embala em sono,
e corre nas veias?

quem é você que acende a luz,
preenche o vazio,
que aquece o frio?

quem é você que me cobra,
que me dispensa e reencontra,
desdenha e recomeça?

quem é você que me humilha,
me faz esperar e sonhar,
e jamais aparece?

quem é você, que tanto recebe,
aproveita,
descarta e
volta a cativar?

quem é você, que me usa, gasta,
casta,
confunde, ilude
e nada merece?



vazio

hoje faz 7 meses que te conheci.
são tantos dias em que sua imagem esteve presente.
será isso amor? será isso obsessão?
ou será a ilusão de um coração solitário que viu em você a chance de nascer?
foram poucos os dias em você foi realmente meu.
mas sua falta é enorme.
o que de tão especial você tinha,
- que desorientou tanto minha vida;
- desbravou segredos inéditos;
- inovou atitudes únicas?
o que houve de errado?
mais, impossível; menos, improvável.
o que restou de mim?
um elenco de dor, largado numa cama,
a espera de alguém que não esteve presente uma única vez.
meus versos lametam aquilo que jamais existiu: você.
meus versos falam daquilo que jamais acabou: amor.

(maria fernanda)

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