panorâmicas

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a evolução do homem

domingo, 17 de fevereiro de 2008

reviver

te adorei mais que à própria vida;
desejei teu corpo como à liberdade;
sonhei-te como um vício;
planejei-te com doçura.

desprendi de mim qualquer possibilidade de um dia voltar a ser o que fui.
tu inovaste minha vida como quem dá cor a uma tela
e preencheste de luz o antigo vazio da minha alma.

rude e realista trouxe-me o hoje à mente,
a completa cruel certeza da incerteza,
a fragilidade dos sentimentos,
a dor invisível do fracasso.

tão rapidamente entraste e saíste: levaste contigo toda esperança.

deixaste-me só,
sem liberdade,
sem vício,
sem doce,
sem cor,
sem luz.

(maria fernanda)

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